O aumento da esperança de vida é uma das maiores conquistas da sociedade moderna. E pesa embora esta evolução seja consequência de melhorias das condições sanitárias e avanços na medicina e acesso aos cuidados de saúde, é também resultado da diminuição da mortalidade e redução das taxas de natalidade. Desta conjugação emerge o aumento da longevidade e o gradual envelhecimento da população global, considerado uma das maiores alterações demográficas na história da Humanidade. Importa sublinhar que a longevidade, ou seja, viver mais anos, não implica ser-se “velho” durante mais tempo. Embora apresente desafio sociais e económicos, esta longevidade pode, e deve ser vivida, de forma ativa, produtiva e saudável.

 

É neste enquadramento que surge o projeto colaborativo entre Portugal e Espanha: Novas Sociedades Longevas (NSL), em parceria com o Conselho Económico e Social (CES) e a Fundação Geral da Universidade de Salamanca, por intermeio do Centro Internacional para o Envelhecimento (CENIE).

O projeto NSL visa COMPREENDER a nova realidade demográfica e longevidade, a fim de poder repensar esta abordagem baseada em estereótipos e realidades de um passado que já não se aplica. Precisamente, a quantidade de anos vividos, e a qualidade destes abre a porta à redefinição de uma etapa vital, a velhice, que será necessário CONHECER, juntamente com a realidade em torno da longevidade, do envelhecimento saudável e dos diferentes fatores (quantitativos e qualitativos) envolvidos no bem-estar individual e social ao longo de todo o ciclo vital, sempre com base na cooperação com a vanguarda do conhecimento nacional e internacional. Uma vez feito isto, podemos considerar AGIR para mudar a perceção social, aumentar a utilização dos anos que estamos a ganhar e melhorar a vida das gerações presentes e futuras.

 

Em síntese, pretende-se não apenas o conhecimento, mas também a aplicação prática para promover mudanças positivas e sinergias efetivas entre as entidades envolvidas. Urge estimular comportamentos, culturas e comunidades saudáveis. com a consciencialização de que é imperativo melhorar as respostas sociais e políticas de apoio ao envelhecimento, mas também incorporar novas estratégias de promoção da longevidade e do envelhecimento ativo